Nos dias 24 e 25 de novembro a comunidade do Alagamar, localizada em Jaguaretama, celebrou a quinta edição do Festival de Cultura e Memória do Alagamar. O Festival fomentado pelo Instituto Nordeste Cidadania por meio do projeto Cultura em Comunidade. O Festival é a ação de culminância do projeto. Neste ano, o objetivo no Alagamar foi celebração da cultura local e da potencialização dos artistas da terra.
O Festival é organizado pelos participantes do Cultura e Comunidade, que recebem uma ajuda de custo do Inec para o festival e, no caso do Alagamar, a organização também conseguiu parcerias público e privadas, juntamente com empresários da região e o próprio poder executivo de Jaguaretama. Neste ano, a abertura das comemorações se deu em uma cavalgada com os vaqueiros do Alagamar, desse modo, exaltando a profissão de grande parte dos habitantes do reassentamento, em algumas ocasiões passada de pai para filho.
A importância da memória
Entre os convidados da mesa de abertura estavam Kessio Cirilo, técnico em meio ambiente e morador do Alagamar; juntamente com o vereador em exercício José Antônio e o gestor do projeto Cultura em Comunidade, Gustavo Fernandes. Na ocasião, Kessio pontuou o orgulho que sente em presenciar o início de uma tradição pro Alagamar e a importância da memória com o acontecimento anual do festival pela quinta vez.
A agente socioambiental do projeto na comunidade, Marina Calisto, evidencia que o festival é um momento de ápice do processo conduzido e desenvolvido durante todo o ano. “Quando pensamos na programação aconteceu quase que naturalmente o protagonismo das mulheres, das crianças e dos jovens nas atividades. Acho que esse ano isso ficou muito forte, especialmente nas apresentações artísticas que aconteceu com o protagonismo muito grande do público infantil”, explica Marina.
“(…)em uma parte da programação, que foi o desfile Beleza e Riqueza da Terra, onde a gente apresentou os produtos artesanais produzidos pelas mulheres da comunidade a partir do crochê, do bordado e de outras técnicas, através de um desfile. E nesse desfile quem foram as protagonistas, tanto da elaboração, foram as artesanas, como do desfile em si foram mulheres da comunidade de diferentes cores, de diferentes idades, tamanhos, estilos, profissões, mulheres de todas as formas. E foi um momento muito interessante de empoderamento dessas mulheres, tanto das mulheres artesãs que viram seus produtos ali, ovacionados, valorizados, como também dessas outras mulheres que puderam ter a experiência de desfilar e de se empoderar”, reforça Calisto.
Cultura em Comunidade
Em suma, o projeto se organiza em três frentes de ação: formação em artes; apresentações artísticas; comunicação e articulação em rede. Tomando principalmente a Cultura em suas dimensões simbólica, cidadã e econômica, dialogando como interface essencial no desenvolvimento integral das pessoas e das comunidades.
Além das formações artísticas, o projeto busca incentivar a organização da economia criativa e produção de espetáculos, assim como aprimorar o material de divulgação desses artistas e da própria cultura dos municípios. Dessa forma, ampliando o público e formando diferentes profissionais da cultura. Bem como, fortalecendo articulações de rede e ampliando as chances de promoção do que se produz em artes no Ceará. O projeto possui atuação nos territórios do Alagamar (Jaguaretama), Milagres (Cariri), São Gonçalo (Meruoca) e Itapiúna. Em Itapiúna e Milagres o projeto recebe o patrocínio da Enel Ceará, através do XIII Edital Mecenas do Ceará (Nº 010727394-21).